terça-feira, 16 de março de 2010

O vício do jogo


Bons dias, boas tardes ou boas noites conforme a altura em que nos tiver a visitar o caro blogger. Pois é, estou de volta e hoje com um grande tema de conversa. O "Farmville". Esse grande jogo virtual do Facebook que tem vindo a colectar inúmeros fans pelo nosso país. Ouvi dizer que já são 22 mil. É bastante bom para um país que há bem pouco tempo se queixava da falta de desenvolvimento no sector agrícola.


Também já me constou que vários jogadores já reclamaram o desejo de incentivos por parte do estado para ajudarem os "agricultores" no "Farmville". O ministro da agricultura já se dispôs a conversar com o sindicatos mas as negociações foram inconclusivas. Os sindicatos avançam já para a manifestação.


Faz-me confusão como é que numa sociedade como a nossa, existam tantas pessoas que dão tanto apreço a este vício do jogo. E mais confusão me faz quando me dizem que há pessoas que pagam para jogar um jogo online. Já não basta a factura que se tem de pagar todos os meses pelo acesso à internet ainda se tem que pagar pelo um jogo que se joga...pela internet. Não compreendo. Até porque, meus amigos, não são só jovens que passam horas à frente do computador a plantar batatas, são também pessoas adultas com um bom emprego e uma boa família que são capazes de trocar um bom par de horas de sono pela conservação e a boa manutenção de uma quinta virtual, pessoas adultas que por vezes misturam a sua profissão pelo entretenimento, o que está incorrecto. De um lado temos a família, do outro o vício.


Imagino como será um diálogo entre uma enfermeira e um médico na sala de operações:


Enfermeira - Sr. Doutor, se não operarmos o paciente de urgência ele pode vir a falecer!!


Médico - Epá isso é grave mas mais grave ainda é eu deixar morrer a minha plantação de morangos, tenho que colher isto, por isso ele que espere, mais mal não há-de fazer.


(Quem não queria ser operado por aquele médico sei eu bem).


Se calhar é por isto que há tantos atrasos e tantas listas de espera nos hospitais. Enfim...

Mas falando agora mais seriamente, se as pessoas tomarem consciência de que este jogo não passa disso mesmo, um jogo, acho que até teria um certo interesse mas o que eu tenho vindo a constatar é que existem pessoas, que no local de trabalho, continuam a apanhar couves, a fertilizar e a plantar mais couves nos campos férteis da quinta virtual.


Por isso vá lá pessoal, se quiserem realmente trabalhar numa quinta, basta apenas comprar uma e talvez satisfaçam melhor as vossas necessidades primárias. Só tinham a ganhar com isso. E o país também. Pensem nisso.


Abraço a todos.

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